A Floresta Que Se Move

Mas o que estou fazendo eu, aqui, criticando um filme de cinema? Com a criação da seção Carros no Cinema do site Cultura do Automóvel, passei a participar de algumas exibições de filmes especialmente dirigidas aos jornalistas do setor, chamadas de “cabine”. É como se fosse o lançamento de um automóvel ou de uma motocicleta, mas, ao invés de pilotarmos o veículo e depois o avaliarmos, assistimos o filme e depois fazemos as críticas.
Não, não vou fazer críticas ao filme, não é a minha praia, mas acabei aceitando ver o lançamento de um filme que não tem nada a ver com automóveis na esperança de ter algum automóvel em cena. E tinha.
Assim como eu sou um crítico degustador de bons vinhos, sou crítico de cinema. Ou seja, limito-me a dizer que gostei ou não gostei. Mas sou muito exigente quanto a falhas de roteiro, de continuidade ou, pior, de épocas. Como a história se passa nos tempos atuais, qualquer automóvel pode entrar em qualquer cena. Mas acho que peguei uma gafe logo nas primeiras cenas do filme. Ou melhor, duas. A primeira não é relacionada a automóveis, mas sim a aviões. Chegando ao Brasil em um jatinho executivo, dois dos personagens principais aterrisam em um aeroporto qualquer. Mas na famosa cena externa do avião pousando a aeronave é um enorme Boeing.
Na cena seguinte, eles tomam um taxi branco, o que sugere ser em São Paulo. Só que, ao sair do aeroporto, o carro é um e na chegada ao banco onde os dois trabalham o carro é outro. O segundo pude ver bem, é um Toyota Corolla, mas o primeiro me parecia ser outro carro. Tenho que rever a cena para ter certeza.
As cenas de abertura, com os créditos iniciais, foram rodadas na Escócia, para dar um clima de autenticidade à história livremente inspirada na tragédia Macbeth, de William Shakespeare. As cenas no aeroporto, na floresta e na casa do protagonista foram rodadas no Uruguai, onde, conforme conta o próprio diretor Vinícius Coimbra, é muito mais barato rodar um filme do que no Brasil. O filme é de orçamento restrito, mas não parece: as cenas são muito bem feitas os cenários muito bonitos.
Prestando atenção mais um pouquinho nos carros, vemos dois suvs compactos, um Mercedes-Benz e um BMW. Devido às rápidas aparições, me pareceu serem um GLA e um X3. O que mais me intrigou foram as falsas placas cinza de São Paulo. Além de terem caracteres diferentes daqueles com os quais estamos acostumados, não havia o SP ao lado do nome da cidade. Só no fim do filme é que fui saber que os carros também eram do Uruguai.
Nada mais sobre carros para comentar. A não ser que eu possa rever o filme para prestar mais atenção aos detalhes que passaram tão rapidamente. Mas posso fazer, sim, uma criticazinha ao filme. Assim como um vinho, eu gostei do filme. Não ficou aquela sensação de duas horas perdidas na vida como acontece com muitos filmes, até famosos e com boas críticas. Boas atuações dos protagonistas Sir Macbeth e Lady Macbeth, encenados por Gabriel Braga Nunes e a bela Ana Paula Arosio, mas melhores foram os veteranos Nelson Xavier, que também viveu no cinema o médium Chico Xavier, e Ângelo Antônio, que já vi por aí em novelas.
A história tem um pouco de drama, um pouco de ambição, um pouco de terror, um pouco de sobrenatural e até um pouco de C.S.I. Aliás, se o casal protagonista tivesse assistido só um pouquinho dessa série científica-policial, o fim da história seria outro.

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